quinta-feira, 14 de agosto de 2008

vozes

julho/2006

... havia duas vozes: a minha e a outra.

Quando a minha falava, a outra zombava... e quando ela falava, a minha calava.

Quanto mais eu ouvia a outra voz, mais me acostumava com ela...

Então ela falava e a minha zombava... a minha falava e ela calava.

... havia duas vozes: a minha e a outra... eu só não sabia qual era qual.

3 comentários:

Anônimo disse...

Bela prosa poética, G.! A princípio, achei que fosse Fernando Pessoa, ou algum desse quilate. Que nada! É do bom e velho G., mesmo...
Para mim, como já lhe falei, este texto revelaria a existência do outro Eu (ou "outros") que habita em todos nós. Jung dava a "ele" o nome de Persona...
Porém, como tenho a sorte de ser seu amigo, já sei que, apesar de parecer, dada a sofisticação, na verdade esse texto não é sobre nada disso...
Azar o de quem não têm a sorte de ser seu amigo e conhecer as reflexões bacanas que vc faz!

abzzz
Cesar

George Saguia disse...

Cesinha...

isso é que é amizade... uma inesgotável fonte de carinho!

muito obrigado por mais esse comentário!

mas vamos deixar uma coisa bem clara: o escritor é vc. Eu sou só um aprendiz.

Um abração

G

CESAR CRUZ disse...

Vamos deixar uma segunda coisa clara: sou escrevinhador de qualidade! (rs). A verdadeira literatura cruzeana, a minha própria!

absss