quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ando Devagar

(meio perturbado)


Ando devagar

Cansado de vagar

Finalmente, a mente a divagar

Sobre as sombras, sobre sonhos e sementes

Pelos planos, pelos lisos e enrugados


Tem um tempo, um tecido tipo trama

Meio velho, meio novo, meio a meio

Que me envolve, me revolve e me dissolve

Me torna mais, me torna menos, mais ou menos


Sou do tipo que renova, se inova nova-mente

Sou instável, confortável, inesgotável

Sou destino, já sem tino, intangível

Sou daqueles, dos sem pele, que repelem o repelente


So' queria ser mais firme

Mais coluna, mais perene

So' queria ser da estirpe

De mais doçura, demais demente


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3 comentários:

CESAR CRUZ disse...

Opa, G.! Que surpresa!

Voltaste em grande estilo! A Maria Eduarda trouxe um up para o seu lado poético, hein? Belo poema! Forte, vigoroso, existencialista... gostei demais.

Abraços
Cesar

George Saguia disse...

Po Cezinha... Muito Obrigado!

Tenho algumas coisas novas mas me falta coragem pra por no blog...

Pode haver uma exposicao excessiva do gordinho aqui...

Mais uma vez obrigado pelas palavras, sao muito importantes, ainda mais vindas de um autor de renome internacional como vc eh agora...

abs

G

CESAR CRUZ disse...

Coragem, G.! Ponha os textos novos no blog e pare de lenga-lenga, homem! Fico esperando!

Bem, quanto ao meu sucesso lá fora, sim, estou igual aqueles cantores que por aqui ninguém ouviu falar, mas que dizem: "Esse faz um sucesso na Alemanha!".

Abraço